quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

10 Cervejas para as festas de fim de ano - Seu guia definitivo de harmonização.




Hoje é dia de ceia de Natal e nossos queridos Loucos por Ales não poderão passar sem uma bela cervejinha. Por este motivo desenvolvemos uma lista das principais harmonizações para sua noite feliz e também para o ano novo.

Em se tratando de Natal no Brasil, cabem algumas considerações:
  • Como as tradições cervejeiras foram originadas no hemisfério Norte, onde é inverno no Natal, as cervejas comemorativas costumam ser adocicadas, encorpadas e com alto teor alcoólico. No Brasil é verão (exclua Curitiba desta lista) mas sempre é tempo para uma boa Ale. 
  • Nas festas de final de ano, mesmo os menos arrojados na cozinha aderem ao agridoce e a algumas combinações não tão tradicionais (há quem acredite que basta uva passa para um prato se tornar festivo, mas essa é outra história). Aproveite este momento para harmonizações por contraste e para complementar o sabor dos pratos e dar seu toque pessoal à ceia.
  • Nossa lista terá sempre duas opções ou mais para harmonização com cada prato. Todas as cervejas indicadas são fáceis de encontrar em lojas especializadas.
  • Muitas das sugestões fogem de alguns padrões ortodoxos de harmonização e são baseadas em nossa própria experiência. Estamos abertos a críticas e sugestões. 
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1 - Aperitivos - Aperitivos como queijos, salames e canapés são fortes e gordurosos. Se você não deseja pesar ainda mais, utilize uma cerveja leve e bem carbonatada. Uma Kölsch irá te auxiliar no início dos trabalhos, permitindo fôlego para o que vem pela frente.

Rótulos indicados: Morada Kölsch, Eisenbahn Kölsch.

2 - Saladas com frutas e castanhas - Com certeza a salada na ceia receberá frutas e será incrementada, possivelmente com castanhas.  Para acompanhar o sabor agridoce e mais gorduroso por conta de castanhas ou um molho mais potente, nossa sugestão é de uma Blond Ale belga.

Rótulos indicados: Leffe Blond, La Trappe Blond.




3 - Salpicão - Harmonização difícil, o salpicão é um prato frio e gorduroso, com diversos sabores possíveis. Se incluir abacaxi, maçã ou passas será bem acompanhado por uma Saison.

Rótulos indicados: Brooklyn Sorachi Ace, Bodebrown Saison Apricot.
4 - Pernil - As carnes são o auge da refeição e serão harmonizadas com cervejas de mais personalidade,
mas sem exageros. O Pernil, com seu sabor menos acentuado, será harmonizado com uma Altbier ou Amber Ale.

Rótulos indicados: Bamberg Alt, Wensky Beer Saci.




5 - Peru - Esta ave possui sabor delicado, combina com laranja e especiarias. Isso mesmo, pequeno gafanhoto, vamos de Wit ou Blanche.

Rótulos indicados: Bodebrown Blanche de Curitiba, Blache de Bruxelles, Estrella Damm Inedit. Se quiser revolucionar, vá de Dum Grand Cru.






6 - Tender ou Lombo - Chegou a hora mais esperada! Agora vamos mandar ver e deixar todo mundo alegre. (Não me responsabilizo por ânimos exaltados ou pela piada do Pavê).

Rótulos Indicados - Delirium Tremens, La Trappe Quadrupel, Chimay Red. 






7 - Salmão - Salmão com maracujá? Mesmo que a receita não leve Maracujá, você pode incluí-lo com a cerveja. Uma IPA não é a escolha mais óbvia para acompanhar este tipo de peixe, mas quando há dry hopping, há vida. O frescor do aroma dos lúpulos agregará complexidade à harmonização e um toque de maracujá sempre cai bem com o bendito peixe de águas frias.

Rótulos Indicados - Colorado Vixnu, 2 Cabeças Maracujipa.




8 - Pavê - Pavê ou pa cumê? (Editado pela censura) -  Se o Pavê for claro e com frutas, uma cerveja
clara e complexa será bem-vinda. Se for de chocolate, uma scotch ale será boa companhia.

Rótulos sugeridos: Duvel Tripel Hop, Way Avelã Porter, Bodebrown Wee Heavy, Rochefort 8.




9 - Petit Gateau - Chocolate amargo, cerveja torrada. Não há como fugir, você irá de porter, stout ou dunkel.

Rótulos Indicados - Eisenbahn Dunkel, Way Cream Porter, Dum Petroleum, Brooklyn Black Chocolate Stout.







10 - Cheescake de frutas vermelhas - Frutas vermelhas e a adstringência do queijo, vamos fechar com uma lambic ou uma fruit lambic. Fruit Lambics também harmonizam muito bem com chocolate branco.

Rótulos Indicados - Lindemans Faro Lambic, Liefmans Cuvée Brut, Wensky Malina, Leffe Ruby.




quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

O Petroleum é nosso: Recompensas a caminho!

Alguns meses atrás compartilhamos com vocês aqui no blog o projeto o Petroleum é nosso e essa semana recebemos a notícia de que, para aqueles que contribuíram como colaboradores, as suas recompensas já estão sendo empacotadas e enviadas. Porem o pessoal da DUM preparou mais uma surpresa para os apoiadores.


Querendo simbolizar a união que esse tipo de projeto colaborativo proporciona, a cervejaria convidou o artista plástico curitibano André Mendes para fazer uma obra de arte com todas as caixas de cerveja que serão enviadas.

Caixas feitas pelo artista André Mendes


Então pessoal cuidem bem das suas caixas, elas são valiosas. Infelizmente, para os curiosos, a cervejaria quis fazer surpresa e ainda não divulgou como ficaram as garrafas especialmente feitas para quem ajudou no projeto, mas vocês podem acompanhar as novidades que a DUM está preparando e conferir mais algumas fotos no blog da cervejaria.



Parceria Founders e Mahou San Miguel

Founder Brewing Co. anunciou parceria com a espanhola Mahou San Miguel, na qual a empresa hispânica adquire 30% da empresa americana.

A principal intenção do negócio é de utilizar a força de distribuição internacional da empresa Mahou para que a Founders tenha acesso aos mercados emergentes de cervejas artesanais ao redor do mundo.

A Founders garante que continua a mesma empresa, com mesmas receitas e mesmo pessoal.

A notícia completa é do site All About Beer Magazine (clique aqui)





quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Um mistério chamado Tupiniquim

A Tupiniquim certamente é uma das cervejarias que mais se destacou no ano de 2014, ganhando, inclusive, o prêmio de melhor cervejaria no South Beer Cup 2014 realizado em maio.

O grande mérito é que a marca surgiu no segundo semestre de 2013, fruto da parceria dos amigos Christian Bonotto, André Bettiol, Fernando Jaeger, Alex Ribeiro e Márcio Santos que começaram a produzir os primeiros rótulos na fábrica da Saint Beer em Santa Catarina. Apenas em fevereiro de 2014 abriram sede própria em Porto Alegre.

Foto: Loucos por Ales
Se o fato de ganhar um festival de prestígio com menos de um ano de existência (menos de 6 meses se considerarmos a fábrica própria) já é bastante incomum, o que mais nos impressiona é a qualidade de todos os rótulos dessa cervejaria, pelo menos de todos que experimentamos (sobre a Lost in Translation). Todas cervejas muito bem enquadradas em seu estilos, extremamente equilibradas e o mais importante, realmente gostosas.

Comparativamente, em nossa opinião, tal regularidade na qualidade de todos os rótulos só é comparável a cervejarias como Wals, Colorado e Bodebrown, as quais já têm bastante tempo de "maturação" no mercado.

Nesse contexto, a Tupiniquim pode ser considerada um prodígio, na linha daqueles chinesinhos que são verdadeiros virtuosi no violino ou no piano, ou aquelas crianças que viram doutores em matemática aos 12 anos.


Foto: Loucos por Ales

E não para por aí, outro motivo de espanto é como uma cervejaria até então desconhecida inundou as lojas brasileiras com rótulos frutos de parcerias em que figuram cervejarias de renome internacional como Eviltwin Brewing, Omnipollo, Stillwater Artisanale e muitas outras prometidas.

Além disso, pesquisas no Google e no Facebook sobre cervejaria não dão muitas pistas, como se a intenção fosse mesmo de aumentar o mistério em torno da marca. O próprio site, é digno de pena no que se refere às informações sobre a Tupiniquim. Lá, você não vai encontrar um breve histórico da marca, fotos, propostas ou projetos futuros da empresa, nem mesmo as cervejas lá estão. Há tão somente uma arara azul cujo clique encaminha para o email de contato. Pois é... mistééério.

 

O que nos resta é esperar, até quando essa arara vai alçar voo e se mostrar em toda sua plenitude.

P.S. - Os gringos enxergaram enormes oportunidades no atual crescimento do mercado cervejeiro no Brasil e, a meu ver, encontraram na jovem Tupiniquim uma ponte interessantíssima para adentrar em terras tupiniqunins, se me permite o trocadilho. Maior prova disso são as cervejas produzidas pela Eviltwin "totalmente" nacionais, tal como a Brazilian Wax, digo, Metro Man.

Fonte: www.cervejatupiniquim.com.br
E vocês caros cervejeiros e cervejeiras, o que pensam do assunto?

Abraços das terras de cá, das quintas dos infernos!


quarta-feira, 19 de novembro de 2014

O que ninguém vai te falar sobre festivais de cerveja - Wikibier

Festivais de cerveja são reconhecidos por apresentar as mais recentes novidades do universo cervejeiro, ótimos para conhecer pessoas de vários ramos ligados ao setor e aproveitar para um networking e, o principal, beber cervejas.

Todavia, aproveitando o aquecimento do mercado, pipocam a todo momento, novos eventos cervejeiros que são noticiados pelos blogs e outras publicações especializadas. Mas aqui a ideia é fazer um breve raio-x desses festivais e congêneres.

Na semana passada estivemos no Wikibier, realizado no Expo Unimed em Curitiba. O festival contou com 120 rótulo de 40 cervejarias, algumas bandas, food trucks e outros stands de alimentação, além de algumas palestras com pessoas da indústria, mas que não tomamos conhecimento durante o evento (por falta de divulgação ou porque estávamos um tanto quanto alcoolizados para prestar atenção).
Foto: Loucos por Ales

Depois de pontuados os aspectos positivos dos festivais e de breve descrição do Wikibier, vamos ao que ninguém quer falar, sob o ponto de vista de entusiastas que são os consumidores desse produto (diga-se, festivais e outros eventos).

O Wikibier é caro, muito caro! A entrada no dia era de 40 legais. Ok, há toda a estrutura, bandas e palestras o que por si só, não é barato. Mas convenhamos, e isso eu falo principalmente por mim. Se tivesse apenas uma caixa de som ao invés de bandas eu não teria notado diferença. As palestras, eu não as achei durante o evento.

Esses festivais tratam de cervejas e seus produtores e é isso que importa. Então, vamos a eles. A caneca dada no Wiki é de 300ml e os chopes variaram de R$ 6,00 como alguns da Bodebrown (que a meu ver, foi a cervejaria que praticou os preços mais atrativos, em especial por seu status notório de uma das melhores cervejarias do Brasil), até R$ 18,00, por chopes da Brewdog.

Tudo bem, pagar 6 reais por 300ml de um bom chope é barato se comparado ao praticado em bares do ramo, mas o festival está longe de se resumir a isso. Muitas cervejarias só venderam cerveja, e nada mais do que isso. Não apresentaram qualquer novidade, outra proposta de marketing ou qualquer coisa que valha.

Falando em novidades, de modo geral, essas foram poucas, o festival ficou resumido na maior parte do tempo a reencontrarmos velhas conhecidas. Pelo menos para quem acompanha um pouco mais de perto o universo cervejeiro, não houve grandes surpresas.

Resumo do festival. A entrada é caríssima, em especial se comparada a outros festivais. A maioria dos participantes,  são de Curitiba e região, ou seja, velhos conhecidos do público frequentador da Wiki. Nada contra os nossos cervejeiros, reconhecidos por todo o Brasil. A questão é que festivais são legais para termos acesso a coisas de outras partes do Brasil ou mesmo de fora. O intercâmbio na área é muito valioso.

Algumas cervejas foram lançadas no festival, pouquíssimas é verdade.

A estrutura, estava totalmente adequada (mas pelo preço da entrada, era o mínimo)

A cerveja estava boa e deixava feliz.

Esse sempre foi um festival que resisti em prestigiar, pois nunca me pareceu atrativo. Esse ano fui pois não tive que pagar a entrada. Dentro desse contexto e, repita-se sem ter pago a entrada, o festival foi bom porque pude tomar boas cervejas a preços razoáveis. A meu ver, o valor dos ingressos inviabilizam esse festival, se a proposta não se alterar, temo que não veremos muitos outros Wikibiers nos anos vindouros.



quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Loucos por Ales pelo Mundo - 5 cervejas que você ainda não conhece, mas deveria.

Como já diziam outros guias de viagem: "Nós vamos antes para você ir melhor". Nós bebemos antes para você já saber o que escolher quando estiver diante de cervejas novas, que não são comuns no Brasil.



 Nesta pequena turnê européia, foram 39 rótulos diferentes, dentre os quais destacamos 05 que recomendamos e descrevemos abaixo:


1 - The Original HY Super Beer Cuvée (HΨ)
Imagem: Rate Beer

Belgian Strong Ale de coloração acobreada, 11% ABV, refermentada na garrafa, seguindo o método Champenoise. Cerveja belga impecável, com muito corpo, notas doces e lúpulo sutilmente inserido. Presença de sabores que remetem a frutas secas e caramelo, sem comprometer o equilíbrio. Como outras cervejas do estilo, não possui grande drinkability mas merece ser degustada com a devida atenção.




2 - Brasserie du Mont Salève - Blonde
Imagem: yapasquelakro.fr

Aqui está um exemplar que merece atenção. Cerveja orgânica francesa, Blond Ale que não passa despercebida. Com presença marcante de aromas florais, corpo moderado e amargor também bastante presente. Este rótulo foi uma grata surpresa.



3 - Target 2000 - Italian Amber Ale

Imagem: Una Birra al Giorno
 
Amber Ale surpreendente e refrescante, leva dois tipos de lúpulos na fervura e mais dois tipos de lúpulo no processo de Dry Hopping. Uma cerveja com baixo corpo, amargor moderado e aromas frescos de lúpulos florais. 





Imagem: Birra Baladin


4 -Birra Baladin - Open Rolling Stone
A versão roqueira da mítica Birra Baladin para uma American Pale Ale não decepciona, mas também não empolga. Com 7.5% ABV, a birra tem equilíbrio, bom corpo e creme consistente, mas não gritam lúpulos, seja no aroma ou paladar.










5 - Leffe - Rituel 9º
Imagem: saveur-biere.com

Este rótulo da Leffe ainda não é muito comum no Brasil, mas deveria ser! Mais uma dentre as já consagradas cervejas de abadia da Leffe; uma Belgian Strong Golden Ale de 9% ABV, muito equilibrados. O álcool não se sobressai e, como já é esperado, sabores adocicados fazem parte desta cerveja em que todos os ingredientes figuram em perfeita harmonia.

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Brewce, o Toy Art para os beer geeks

E os criadores do Beertone atacam novamente, mas dessa vez precisam da sua ajuda para poderem concretizar o projeto.

O Brewce, como foi carinhosamente chamado o pequeno bonequinho com cabeça de lúpulo, é o resultado de uma parceria entre o estúdio Mad Gulliver, o ilustrador Sergio Neri e outros profissionais da área de games e miniaturas. O fruto dessa união foi o simpático Toy Art e parceiro para suas próximas aventuras cervejeiras e que vai dar um charme nas suas próximas fotos.



Seguindo o conceito de Toy Art o bonequinho é pesonalizavel, fazendo com que se torne único para cada pessoa, e possui um espaço na barriga para colocar a tampinha da cerveja que você acabou de tomar ou da sua cerveja preferida. O projeto teve seu início em Setembro, com o desenvolvimento de conceitos e alternativas, e veio para inovar e trazer um diferencial no cenário cervejeiro atual. 

Brewce é feito de PVC, possuindo uma preocupação com o meio ambiente, e durante a campanha terá a opção de vir com o "cabelo" em outras cores. 




O projeto ainda está em processo de viabilização e se você quiser ajudar e já de cara obter em primeira mão o seu Toy, poderá ajudar na campanha através da plataforma de crowdfunding IndieGogo.

Como bons apaixonados por cerveja e Design nós não vamos ficar fora dessa, e vocês?

Para mais informações ou dúvidas sobre o Brewce:
www.madgulliver.com/brewce
brewce@madgulliver.com




segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Beer Mob Brasil

Você já ouviu falar de Beer Mob? Não, não confunda com flash mob!



E de Restaurant Week, esse com certeza sim!

A ideia é parecida, mas envolve mais do que descontos em restaurantes. O objetivo do Beer Mob é democratizar o acesso às cervejas especiais envolvendo parcerias com diversos estabelecimentos do ramo, como restaurantes, bares, lojas de bebidas, oferecendo promoções, degustações, harmonizações e o que mais a criatividade dos envolvidos permitir.

O Beer Mob chega ao Brasil com estreia marcada para março de 2015 na cidade de São Paulo. Após, a ideia é levar o projeto para as demais capitais.

Saiba mais no site Beer Mob Brasil e, em breve, o Loucos por Ales volta com mais novidades.

Leia a proposta do projeto e entenda o nome:
"Você já conhece nossa logo mas, se parar e olhar melhor, vai notar que algo mudou. Na idealização do evento, percebemos que as "Weeks", que todos estamos acostumados, não representam o verdadeiro espírito do que queremos oferecer. O Beer Mob, muito prazer, não é apenas uma semana. É uma celebração, uma cultura, nos arriscamos até em dizer que uma filosofia de vida. Nós queremos acompanhar os amantes da cerveja e cervejarias ao longo dos próximos anos. Uma semana é muito pouco pra dar significado à verdadeira mobilização que estamos construindo e, com a participação de todos, vamos realizar. Aguardem que as novidades vão começar a chegar. Estamos apenas começando. Junte-se ao movimento. Saúde a você e ao Beer Mob!"

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Estaríamos nos tornando beer snobs?

No início da semana vimos uma pequena movimentação e inquietação dentro do universo cervejeiro, isso por conta da capa da edição de novembro da revista Americana " The New Yorker". Por mais que o assunto abordado pela revista esteja sendo colocado como o novo cenário cervejeiro Norte Americano, nós aqui do país mais ao sul também estamos passando por essa realidade, mas qual seria ela?

"Hip Hops", ilustração do artista Peter Sève para a revista The New Yorker.

A revista coloca que a ilustração captura a seriedade com que cada cerveja é tratada nos dias de hoje em diversos restaurantes do Brooklyn e pelas pessoas que os frequentam. Devemos concordar que atualmente o cenário das cervejas mudou bastante, elas vem ganhando cada vez mais espaço e valor dentro dos bares, restaurantes e até mesmo dentro da "cabeça" do consumidor. Mas até em que ponto realmente esse "valor" está sendo bem absorvido pelos entusiastas?

Os cuidados atualmente utilizados na produção, escolha, e serviço das cervejas era antes dispensado somente a bebidas como vinhos (bons vinhos). Mas o universo cervejeiro, na sua origem e revolução, sempre foi marcadamente democrático e cosmopolita, reunindo diversas "tribos", desde de punks e roqueiros tatuados, até verdadeiros geeks das cervejas ou mesmo aqueles que não se enquadram em nenhum dos tradicionais rótulos sociológicos conhecidos.

Com o aumento desse preciosismo em torno da cerveja, a dúvida é até quando o universo cervejeiro continuará sendo tão democrático, acessível a todos os gostos?

Estaríamos mesmo nos tornando beer snobs, nos encaminhando a uma polarização dos consumidores, divididos entre conhecedores e leigos? Vamos nos fechar em pequenos grupos ou confrarias em que só se admitem aqueles com um mínimo de conhecimento colocado à prova?

Reconhecemos que o aumento da especialização e do refinamento das cervejas é um caminho natural e que valoriza o produto no mercado, como um todo. Todavia, até que ponto isso intimida novos bebedores e curiosos? Qual o ponto de equilíbrio?

As dúvidas são muitas, as perguntas estão na mesa. E agora, quem poderá nos salvar?

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Adeus Pfau, que venha a Haus Bier

Já falamos aqui sobre um simpática e agradável descoberta, a cervejaria Pfau (leia aqui). Mas nosso querido Pavão (assim por nós carinhosamente apelidado) bateu asas e deu lugar apenas à Haus Bier, uma franquia de planta cervejeira fundada em Rondônia por um curitibano. A Haus Bier tem por objetivo oferecer cervejas nos moldes de pureza alemã com uma "pegada" mais "tropicalizada".

Bom, os proprietários e o staff continuam os mesmos, as comidinhas também, mas ainda há novidades por vir.

E tudo isso ficou claro no jantar de inauguração para alguns poucos e felizardos convidados, que puderam desfrutar de alguns pratos harmonizados com as cervejas ali produzidas.


Quer saber mais? Vai lá e confere pessoalmente, na Rua México, 291 - Bacacheri, na frente da antiga Woods

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Loucos por Ales na Veja Comer & Beber Curitiba - novamente!

Pelo segundo ano consecutivo o Loucos por Ales, representado por esse que vos escreve, foi convidado a ser jurado da revista Veja: Comer & Beber Curitiba!

E como aqui nós gostamos de "matar a cobra e mostrar o pau", compartilharemos os votos, citando os estabelecimentos e o porquê de suas escolhas.

A votação foi na categoria bares.


Vale mencionar que nossos votos priorizaram os estabelecimentos que preferencialmente apresentam carta de cervejas e preços justos.

Almoço de bar - Clube do Malte. O bar é especializado em cervejas e recentemente começou a oferecer almoços durante a semana e finais de semana.

Boteco - Boteco repetimos o voto pela tradição história e localização central. O Bar Stuart é o segundo bar mais antigo do Brasil ainda em funcionamento, possui algumas opções de cervejas, cachaças, petiscos, entre os mais tradicionais, o testículo bovino.




Carta de cervejas - Aqui mais uma figurinha marcada, mas de inegável qualidade, o Hop'n Roll possui diversas opções de chopes, e mais de uma centena de cervejas em garrafa e latas, porções muito bem servidas, além de ser o primeiro "Brew pub" do Brasil, onde você pode juntar seus amigos e produzir uma cerveja lá mesmo no bar.


Carta de drinques: Ainda não existe uma boa opção de bares que ofereçam drinques a base de cerveja, para os que são apaixonados por cervejas em todas as suas formas. O Txapela, por sua localização central, sediado em um bonito casarão, tem um clima especial e muito animado, em grande parte pelo show nos preparos dos drinques, sendo os mais tradicionais os chupitos, com direito a pirotecnia. 




Música ao vivo - Aqui o nosso voto é do Lado B, localizado na Inácio Lustosa, na região do Largo da "(des)Ordem". Podemos dizer que o Lado B é representante de uma era do movimento rock, em todas as suas vertentes, marcada pelo Linos Bar, responsável por abrigar shows de várias bandas regionais que fugiam do pop das massas. O bar parece uma garagem e você pode encontrar chopes Waybeer e Diabólica com os melhores preços da cidade, servidos em copos de plástico, é claro. O espaço ainda conta com fliperamas.



Para paquerar - James Bar é tradicional bar com música para a maioria dos gostos, a casa é bastante democrática. Aqui todos tem chance de terminar a noite acompanhado e, ao contrário daquela música antiga, vale tudo, inclusive dançar homem com homem e mulher com mulher.


Petisco - Votamos na novata Pfau Cervejaria com sua deliciosa porção de hambúrgueres de carne de urso. Sobre a Pfau já comentamos aqui.



Bar revelação - Não tivemos grandes novidades em termos de cervejas na cidade, então o voto foi para o Boaprosa Botecaria. O bar é uma casa de madeira localizada em meio aos diversos prédios residenciais do bairro Juvevê. 


É isso aí, vamos esperar um próximo convite.


Aquele abraço amiguinhos!!

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Os 7 maiores mitos sobre bebida desmascarados


Você provavelmente já ouviu alguém comentar sobre a ressaca após misturar diferentes tipos de bebidas ou ainda sobre misturar bebidas destiladas e fermentadas.
Também existem aqueles que afirmam que determinada marca de cerveja ou tipo de bebida lhe causam uma ressaca mais intensa. Apesar de, muitas vezes vivenciarmos experiências que reforcem este tipo de crença, não há argumentos científicos que comprovem estas afirmações.  Segundo os cientistas, o que importa é a quantidade de álcool consumido e não a origem dele. 

Também existem estudos e teorias sobre o consumo de cervejas com leveduras vivas, que auxiliariam nosso corpo a metabolizar o álcool de maneira menos agressiva. Fato é, que a ressaca é o resultado de uma intoxicação causada pelo álcool e outras substâncias em nosso organismo. Portanto, é plausível que outros elementos podem influenciar a tornar esta intoxicação mais severa ou mais delicada. E nosso primeiro mito fala sobre isso:

1 - O tipo de bebida ingerida determina a ressaca no dia seguinte:



Existem numerosos estudos científicos comprovando que a quantidade e velocidade do consumo são os principais fatores sobre os efeitos da ressaca. 



2 - Sua barriga de cerveja é causada pela cerveja:



 Pelo menos, não apenas por cerveja. O álcool não causa aumento de peso. São as calorias as responsáveis pelo aumento de peso e acúmulo de gordura corporal. Sua dieta e exercício físico determinam sua forma física, e não o consumo de cerveja. Como já descrevemos no post Fatos curiosos sobre cerveja:  "Dependendo do estilo, um copo de 300ml de chope pode ter entre 100 e 120 calorias, o mesmo que um suco de laranja. Costumamos dizer que o consumo de grandes quantidades de cerveja e, principalmente, de petiscos é que pode prejudicar sua dieta."


3 - Colocar moedas na boca pode enganar o bafômetro:
Não. Nem chupar balas de menta, chicletes ou fumar cigarros. Estes são alguns metodos incorretamente difundidos para driblar o bafômetro, mas nenhum deles foi comprovado.

4 - Evite a ressaca. Mantenha-se bêbado: 
Infelizmente, ao beber mais álcool você evita que o seu corpo se recupere da intoxicação. Pode ser que os sintomas sejam diminuídos momentaneamente, mas não se engane, você só está prorrogando a ressaca.


5 - Absinto causa alucinações:


Não, não existe nenhum alucinógeno no absinto. As sensações que você vivencia são apenas efeito da elevada graduação alcoólica da bebida.


6 - Lembranças da noite passada:
Você pode até pensar que está se recordando, aos poucos, do que aconteceu e que foi apagado da sua memória pelo álcool. Estudos comprovam que qualquer recordação tardia após o apagão pode ser uma falsa memória. A menos que você assista a um vídeo ou veja fotos, nunca se lembrará do que o álcool te fez esquecer.


 7 - A primeira ida ao banheiro:
Temos a impressão de que, quando estamos bebendo, depois de irmos pela primeira vez ao banheiro, as visitas ao reservado se tornam cada vez mais frequentes. Isso é efeito da quantidade de líquido que ingerimos, e não guarda relação com o fato de segurarmos ou não a ida ao banheiro. A vontade vem quando temos líquido suficiente para expelir. Tendo o álcool características diuréticas, você terá necessidade de urinar, principalmente em se tratando de grandes quantidades de líquido.


8 (Bônus) - Uma cerveja antes do almoço é muito bom pra ficar pensando melhor:
Sim, sim e sim! Uma cerveja te deixa mais desinibido, aumenta a criatividade e a capacidade de resolver problemas. Acompanhe no Mega Curioso.
Texto retirado e adaptado de First to Know.

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Encontro da PROCERVA/PR e SFA/PR em Curitiba para a interação técnica de fiscais federais

 Bodebrown encabeça curso contando com a participação 35 Fiscais Federais do Ministério da Agricultura de todo Brasil, de forma a melhorar a interação técnica entre os fiscais que atuam na inspeção e fiscalização de bebidas e os representantes do segmento fabricante, a fim de harmonizar conceitos aplicáveis à Tecnologia de Produção de Cervejas em estabelecimentos de pequena escala de produção.

Destaque à opinião de Elton Massarollo: "'por se tratar de um setor dinâmico inovador e em franca expansão, é merecedor da atenção do poder público, e essa reunião é uma oportunidade para o segmento microcervejeiro veicular os conceitos característicos da atividade'. Nessa ocasião 'Fiscais Federais de vários estados do Brasil receberão capacitação de forma direcionada para o exercício de suas atribuições em estabelecimentos cervejeiros. O resultado esperado desta interação é um setor adequadamente regulado, que permita a produção de cervejas com inovação e qualidade, sempre resguardando os interesses dos consumidores'".
 

Notícia publicada no Jornal Meu Paraná, 26/09/14:

Representantes de empresas associadas a PROCERVA/Associação das Microcervejarias do Paraná e Fiscais Federais Agropecuários da Superintendência Federal de Agricultura no Paraná (SFA/PR) vão se reunir na próximo dia 29, segunda-feira, na sede da SFA, em Curitiba.

O evento, promovido pelo Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (SIPOV) da SFA/PR, ocorrerá das 8:30 h às 18:00 h, visando promover a interação técnica entre os Fiscais Federais Agropecuários que atuam na inspeção e fiscalização de bebidas e os representantes do segmento fabricante, a fim de harmonizar conceitos aplicáveis à Tecnologia de Produção de Cervejas em estabelecimentos de pequena escala de produção.

Segundo o Superintendente Federal de Agricultura no Paraná, Gil Bueno de Magalhães, é de fundamental importância a parceria Ministério da Agricultura e PROCERVA/PR, porque propicia um canal de comunicação direto com o órgão responsável pelo registro destes estabelecimentos e produtos.”

Magalhães ressalta, ainda, que “o Mapa reconhece que o segmento de bebidas representa um setor do agronegócio de destaque, abrangendo uma enorme gama de produtos, envolvendo uma cadeia de alimentos e insumos para sua obtenção”.

O Chefe do Serviço, Elton Massarollo acredita que “por se tratar de um setor dinâmico inovador e em franca expansão, é merecedor da atenção do poder público, e essa reunião é uma oportunidade para o segmento microcervejeiro veicular os conceitos característicos da atividade”. Nessa ocasião “Fiscais Federais de vários estados do Brasil receberão capacitação de forma direcionada para o exercício de suas atribuições em estabelecimentos cervejeiros. O resultado esperado desta interação é um setor adequadamente regulado, que permita a produção de cervejas com inovação e qualidade, sempre resguardando os interesses dos consumidores” completa Massarollo.

Mais recentemente o Brasil tem experimentado uma explosão no mercado de cervejas, em especial das produzidas em pequena escala, a reboque de outros países que vivenciaram este fenômeno. Este movimento cervejeiro se processa com produção em escalas de produção minoradas, porém com enorme expansão dos variantes dos produtos elaborados, os quais implicam no emprego de operações e insumos pouco utilizados até então no segmento cervejeiro nacional. Toda esta situação já induz movimentos no setor público, de tal forma que o MAPA já discute a publicação de uma nova Instrução Normativa para regular a produção de cervejas e adequar-se à realidade que o segmento requer.

Maiores informações poderão ser obtidas com o Chefe do SIPOV, Elton Massarollo, pelo celular (41) 8875-5634.

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Inauguração Delirium Café em São Paulo

Ontem, 26 de setembro, aconteceu a grande e esperada inauguração do Delirium Café aqui em São Paulo e o Loucos por Ales não perdeu a oportunidade de conferir essa novidade. 



Após 5 meses de reforma o lugar abriu suas portas e as suas tão prometidas 24 torneiras de chope para o público, apresentando um ambiente amplo mas acolhedor com cervejas dos mais variados estilos.

Logo na entrada já percebemos os detalhes únicos da decoração e o grande balcão com as torneiras “aéreas”,típicas do bar original de Bruxelas. Dentre os chopes presentes estavam a Paulaner Helles e Weisse, Fullers London Pride, Guinness, Cantillonn Gueuze, Chimay Tripel, , Kwak, Walls Dubbel, La Corne, Dama IPA,etc.

Infelizmente não conseguimos usufruir tanto assim do bar e das tão diferentes cervejas, o local estava abarrotado de gente e, como eles usavam os copos específicos de cada cerveja, muitas vezes íamos pedir o chope e ficávamos sem por conta da falta de copos, fora o tempo de espera para conseguir chamar a atenção dos garçons para pedir alguma coisa.

O bar é muito mais extenso do que aparenta ser. Na parte de trás, próximo a uma área para fumantes, encontramos um ambiente mais tranqüilo e com mesas maiores, provavelmente espaço destinado a reservas e eventos, e um balcão para a compra das garrafas de cerveja da Delirium.

A cozinha também infelizmente não estava funcionando 100%, portanto não conseguimos experimentar realmente os pratos do lugar e nem as outras cervejas em garrafa que estavam a venda. Conversando um pouco com o gerente ele explicou que não esperava que viessem tantas pessoas e que assim que o movimento normalizar os chopes poderão ser pedidos diretamente das mesas não havendo a necessidade de ir até o bar, assim como as garrafas de cervejas para serem consumidas no local.





Apesar do tumulto, falta de copos e de alguns chopes que acabaram rápido o lugar é muito simpático e acolhedor e esperamos em breve poder voltar lá com calma para aproveitar um pouco melhor de todos os detalhes que o bar propõem.

O Delirium Café fica na Rua Ferreira de Araújo, 589, no bairro de Pinheiros, e entre os sócios estão os proprietários do Empório Alto dos Pinheiros e Restaurante Chácara Santa Cecília. A princípio o bar está em período pré-operacional e funcionará normalmente até sábado, durante a semana ele ficará fechado por alguns dias para fazer os ajustes necessários.

Aguardem nossas próximas aventuras e esperamos ter deixado vocês com água na boca.

Cheers!!

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Encontros e Desencontros: Tupiniquim e Eviltwin

Ao pegar aquela simpática garrafinha Tupiniquim com o desenho de uma ararinha azul, logo chama a atenção a marca Eviltwin e o nome da cerveja, Lost in Translation. Imediatamente lembrei do filme homônimo da jovem diretora Sofia Coppola, o qual no Brasil foi traduzido como Encontros e Desencontros.



Me pareceu bastante adequada a escolha do nome, fazendo uma brincadeira entre as diferentes nacionalidades e idiomas das cervejarias, a brasileira Tupiniquim com a gringa cigana Eviltwin (costuma-se chamar de cervejarias ciganas aquelas que não possuem uma planta de produção própria).

O filme em questão marca o estouro da carreira de Sofia Coppola, como uma promissora diretora, além de juntar duas gerações de atores. A diretora resgata do ostracismo um Bill Murray que se redescobriu, ou foi redescoberto, como um grande ator dramático sem perder uma comicidade congênita e, de outro lado, a ainda pouco conhecida atriz Scarlett Johansson (também bem menos exuberante na época, porém com um semblante angelical).

Para quem não se lembra, ou não viu, o filme trata de um ator, interpretado por Murray, que vai ao Japão gravar um comercial de Whisky (mas bem poderia ser de uma cerveja Sapporo) e por acaso encontra a solitária Charlotte (Johansson), momentaneamente abandonada por seu marido fotógrafo que estava envolto em seus afazeres.

A cerveja Lost in Translation é uma IPA com brettanomyces e também marca o encontro de uma iniciante, também pouco conhecida na época do lançamento, até mesmo no Brasil, com a já bem estabelecida Eviltwin, porém essa, ao contrário de Murray, estava longe do ostracismo.

A cerveja é uma IPA com todo o amargor que se espera desse tipo de cerveja, com uma coloração amarela palha e opaca, já que não é filtrada. Em que pese o amargor robusto, a cerveja possui aromas delicados e complexidade particularmente conferida pelas leveduras brettanomyces, aquelas, selvagens que enriquecem as famosas lambics belgas.

Foto da cerveja Tupiniquim


O filme também une um roteiro delicado (ganhador do Oscar) a interpretações consistentes, em que aos poucos os protagonistas constroem um relacionamento marcadamente inocente envolto em um cenário as vezes surreal por conta das extravagantes e cômicas personalidades japonesas que pipocam durante as principais cenas da película.

Falando em extravagancia, as brettanomyces, além de entregar aromas diferenciados a essa IPA, remetem, no fundo da boca, a um sabor de queijo parmesão que tornam essa cerveja diferente da maioria das nacionais. Essa excentricidade é marca registrada da cervejaria Eviltwin que já se utilizou dessas leveduras em outras de suas cervejas como a  Ron And The Beast Ryan e Femme Fatale.

Esse foi pra relembrar os velhos tempos desse brogue, quando dedicávamos um pouquinho mais de espaço para tagarelar sobre cinema e filosofar sobre temas aleatórios.

Abraços cinematográficos selvagens aos amiguinhos!
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