sexta-feira, 24 de abril de 2015

Microcervejarias, atenção...Fight!!!

O ramo das cervejas artesanais pode muitas vezes ser reconhecido por sua veia colaborativa em que grandes ajudam pequenos que ajudam menores, tudo num ambiente de puro amor cervejeiro.

A guerra declarada é contra as grandes corporações sem escrúpulos e sem coração. No entanto, o site Thrillist aponta que as coisas não andam tão harmoniosas no mercado cervejeiro estado unidense (o qual, nós brasileiros, nos comportamos de forma muito semelhante). Fala-se, inclusive, em uma bolha das crafts. Como exemplo, cita-se duas demandas judiciais relacionadas a marcas e nomes, entre Lagunitas x Sierra Nevada e Bells x Innovation.

Fonte: Thrillist


Acredito, no entanto, que falar em bolha cervejeira, a exemplo do que ocorreu em meados da década de 90 nas terras do Tio Sam é exagero. Trata-se de um mercado bastante maduro e em constante crescimento e evolução (técnica e organizacional).

Agora, no Brasil, aqui temos que tomar um pouco mais de cuidado. Nós ainda não passamos por uma bolha nos moldes dos EUA, em que a oferta de cervejas superou a demanda. Possivelmente isso não venha acontecer, visto que aqui, ao contrário de lá, é muito caro produzir cerveja para o comércio. Mais caro que consumir, com certeza. Logo, acho difícil nos depararmos com o cenário de oferta superarando a demanda.

Todavia, guerra entre microcervejarias, isso sim é possível que ocorra. À boca pequena, e às vezes não tão pequena, fala-se em desunião entre alguns grupos que se identificam por região geográfica ou apenas por filosofia. Recentemente, questões políticas também despontaram nas mídias cervejeiras, a exemplo das novas regras de tributação e do apoio de pequena parcela dos cervejeiros, que de alguma forma, representavam politicamente toda a categoria, mas o benefício foi em favor de poucos e detrimento de muitos.

Vamos aguardar cenas dos próximos capítulos e ver no que dá!

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Parceria nova no ar, Viajante Cervejeiro e Mad Gulliver

Entre muitas cervejas, cervejeiros, blogueiros e entusiastas o Festival Brasileiro de Cerveja nos trouxe algumas novidades e surpresas, como comentamos no post anterior, dentre elas uma nova parceria entre nada mais nada menos que o Viajante Cervejeiro e o pessoal da Mad Gulliver (criadores do Beertone e do Brewce).



A idéia da parceria é criar diversos produtos relacionados com o Viajante cervejeiro. A primeira parte do projeto chega com o tema “Follow your Style”, que tem como conceito as experiências e os diferentes  caminhos que o Viajante se depara para chegar em um novo bar ou encontrar novas cervejas. Essa proposta chega até nós em formato de um adesivo em vinil super bacana, que pode ser aplicado em diversas superfícies, e com a ilustração do artista mexicano Sérgio Neri (que ajudou no desenvolvimento do Brewce).

Fonte: Mad Gulliver

Ficaram curiosos para saber o que mais vem por aí?! Nós também, e para deixá-los ainda mais ansiosos o pessoal da Mad Gulliver está preparando algo grande para a comemoração de 1 ano do projeto Viajante Cervejeiro, que acontecerá no início de Maio.

O adesivo já está a venda pelo site do Beertone, e para mais informações sobre o projeto vocês podem entrar em contato pelo viajante@madgulliver.com ou contato@viajantecervejeiro.com.br
 

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Balanço do Festival Brasileiro da Cerveja de Blumenau

Mais um Festival brasileiro de Cerveja passou e nós não poderíamos ficar de fora e bisbilhotar as novidades das cervejarias. Alem de muitos lançamentos de cervejas, centenas de stands vimos uma grande variedade de cervejas envelhecidas e maturadas em barris de madeira. 

Foto por: Loucos por Ales

A grande sensação foi a Cervejaria Tupiniquim, eleita a melhor cervejaria do ano. Instalou 20 torneiras e levou 30 tipos de cervejas, detalhe especial para o stand que passou todo o tempo lotado e estava bem atrativo.

Como em outros anos, a Bodebrown, 3º lugar no festival, manteve-se cheia, abastecendo seus fiéis, com mais de 20 torneiras e mais de 30 cervejas, inclusive suas versões wood aged series.

Outrora apagada no festival, a Seasons tornou-se uma das grandes atrações dessa edição, eleita a 2ª melhor, e teve as cervejas mais disputadas, em especial a Basilicow, vencedora do concurso como a melhor cerveja, enquadrada no estilo Herb and Spice beer.



Já a Wals, outrora lotada, já não tinha o mesmo brilho. Apresentou poucas novidades e o público, fiel ao movimento das micros, parece ter implicado com o fato da fusão com a Bohemia, pertencente à gigante Ab-Inbev.

A Amazon Beer, que ano passado emplacou a melhor cerveja do ano, neste ano também não foi destaque dentre as mais prestigiadas ou mais lotadas, mas não podemos deixar de citar a parceria entre Amazon, Bodebrown e De Bora, que resultou em uma Porter com Cupulate, Cerveja sensacional, uma porter cítrica e muito aromática, cujo paladar ainda retumba em nossa memória.

De nossa parte, ficamos lotados no stand do Beertone que apresentou novos produtos, entre eles o Brewce, que foi objeto de crowdfunding, e o novo copo para degustadores de cerveja. O stand foi o QG dos blogueiros que se fizeram presentes no festival, entre eles, a grande celebridade do festival, O Viajante Cervejeiro, além do pessoal do Lupulento, BeerCast, Maria Cevada, Buteco do Ferreira e Evviva. Com certeza, um dos locais mais animados do festival.


Foto por: Loucos por Ales
De modo geral o festival mais uma vez nos surpreendeu e agradou, com várias novidades e alguns stands de deixar qualquer um boquiaberto. Além das cervejarias vimos várias "empresas de suporte", como fornecedores de copos, bolachas, sistemas de informática, insumos, cursos especializados para o setor, etc. 

Fomos, aprovamos, recomendamos e aguardamos ansiosos para a próxima edição.

quinta-feira, 2 de abril de 2015

A qualidade das cervejarias

Em texto anterior, defendemos que há muitos falsos experts ou notórios “conhecedores” do ramo que estão tropeçando em suas avaliações, falando muita besteira por aí, num verdadeiro desserviço à cultura cervejeira (veja aqui).

Pois é, mas hoje vamos falar das cervejarias. Vocês não acharam que íamos cutucar só um lado da cadeia né?

Fonte: First Drafts


Em texto do First Drafts, também tratando da realidade dos Estados Unidos, levanta-se uma questão acerca do problema de qualidade encontrada em diversas pequenas cervejarias.

Trata-se da opinião de integrante do Brewes Association. Segundo ele, muitas cervejarias precisam ser melhoradas, mas creem o contrário. Diversas empresas que pipocam a todo momento, sem experiência, e que não investem suficientemente em pesquisas e testes de qualidade, estão no mercado produzindo produtos inferiores.

Tal fato é preocupante, diversas cervejarias abrindo, aproveitando-se dos bons ventos do setor, começam a enxurrar o mercado com produtos de baixa qualidade, o que pode refletir, em sentido contrário, no desestímulo dos consumidores, em especial daqueles que estão começando agora a testar novas cervejas. Isso fica claro se pensarmos num incauto que pretende experimentar uma cerveja artesanal pela primeira vez e toma uma de péssima qualidade, fazendo-o achar que a sua boa e velha Skol é muito melhor.

Fonte: Homini Lupulo

Segundo a opinião do cervejeiro de Oregon John Harrys (Ecliptic Brewing) os novos cervejeiros devem gastar tanto dinheiro em controles de qualidade quanto com o equipamento de produção em si.

E é necessário autocrítica dos cervejeiros. Tem-se que admitir que não se trata apenas de preconceito contra os mais novos ou uma pretensa reserva de mercado, há novas cervejarias produzindo boas e péssimas cervejas, inegavelmente.

No Brasil temos alguns exemplos do primeiro caso, ultimamente o caso mais notório é o da Tupiniquim, e diversas no segundo caso.

Nesses termos, devemos dar o braço a torcer para as macrocervejarias, as quais dominam os processos de gestão da qualidade e logística, o que não se vê na maior parte do tempo nas microcervejarias.

Essas possuem sérios problemas logísticos, embalagens, falta de regularidade dos produtos, tanto quanto a questões de qualidade da bebida, como da periodicidade e oferta ao mercado. Ao que parece, com raras exceções, não é possível dizer que existem cervejas não sazonais, já que os estabelecimentos não conseguem ao menos montar uma carta de cervejas fixa.

Muitos já se depararam com essa realidade. Ao tomar uma boa artesanal no estabelecimento, depois de algumas semanas, volta para apreciar novamente a cerveja, mas essa não mais existe. Isso jamais aconteceria com uma Heineken, Brahma, Skol, etc.

Para terminar esse post, deixo vocês com uma frase para reflexão do texto anteriormente referido: “Basta uma cerveja ruim para tirar as pessoas das cervejas artesanais”.

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Cerveja sem dono

O marketing, se bem utilizado, pode ser uma ferramenta fantástica seja para as cervejarias como para qualquer outra marca de outros segmentos. Quando bem feito e aliado a uma ação ou instituição não tem porque não darmos seu devido destaque. A bola da vez é a campanha Cerveja sem Dono, realizada entre a cervejaria Bamberg  e a Ong Adote um Focinho, e incentiva as pessoas a adotarem ao invés de comprarem seu fies amigos.



A ideia surgiu quando o famoso sambista Zeca Pagodinho afirmou em entrevista para a revista TPM, em 2009, que sempre quando ia ao shopping e ficava bêbado acabava comprando os cachorros dos petshops, por ficar com pena dos animaizinhos "Vejo ali na loja e acabo comprando. Já comprei cachorro até de R$3 mil. Compro cachorro, arara, qualquer porra. Eu fico com pena." (Fonte: Revista TPM, 2009).

A grande sacada desse projeto foi feita pela agência Señores, que ficou responsável pela criação da ação e também pelo desenvolvimento dos rótulos. A cerveja é uma pilsen e em cada rótulo vocês podem encontrar diferentes cãezinhos que estão disponíveis para adoção.





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