quarta-feira, 19 de novembro de 2014

O que ninguém vai te falar sobre festivais de cerveja - Wikibier

Festivais de cerveja são reconhecidos por apresentar as mais recentes novidades do universo cervejeiro, ótimos para conhecer pessoas de vários ramos ligados ao setor e aproveitar para um networking e, o principal, beber cervejas.

Todavia, aproveitando o aquecimento do mercado, pipocam a todo momento, novos eventos cervejeiros que são noticiados pelos blogs e outras publicações especializadas. Mas aqui a ideia é fazer um breve raio-x desses festivais e congêneres.

Na semana passada estivemos no Wikibier, realizado no Expo Unimed em Curitiba. O festival contou com 120 rótulo de 40 cervejarias, algumas bandas, food trucks e outros stands de alimentação, além de algumas palestras com pessoas da indústria, mas que não tomamos conhecimento durante o evento (por falta de divulgação ou porque estávamos um tanto quanto alcoolizados para prestar atenção).
Foto: Loucos por Ales

Depois de pontuados os aspectos positivos dos festivais e de breve descrição do Wikibier, vamos ao que ninguém quer falar, sob o ponto de vista de entusiastas que são os consumidores desse produto (diga-se, festivais e outros eventos).

O Wikibier é caro, muito caro! A entrada no dia era de 40 legais. Ok, há toda a estrutura, bandas e palestras o que por si só, não é barato. Mas convenhamos, e isso eu falo principalmente por mim. Se tivesse apenas uma caixa de som ao invés de bandas eu não teria notado diferença. As palestras, eu não as achei durante o evento.

Esses festivais tratam de cervejas e seus produtores e é isso que importa. Então, vamos a eles. A caneca dada no Wiki é de 300ml e os chopes variaram de R$ 6,00 como alguns da Bodebrown (que a meu ver, foi a cervejaria que praticou os preços mais atrativos, em especial por seu status notório de uma das melhores cervejarias do Brasil), até R$ 18,00, por chopes da Brewdog.

Tudo bem, pagar 6 reais por 300ml de um bom chope é barato se comparado ao praticado em bares do ramo, mas o festival está longe de se resumir a isso. Muitas cervejarias só venderam cerveja, e nada mais do que isso. Não apresentaram qualquer novidade, outra proposta de marketing ou qualquer coisa que valha.

Falando em novidades, de modo geral, essas foram poucas, o festival ficou resumido na maior parte do tempo a reencontrarmos velhas conhecidas. Pelo menos para quem acompanha um pouco mais de perto o universo cervejeiro, não houve grandes surpresas.

Resumo do festival. A entrada é caríssima, em especial se comparada a outros festivais. A maioria dos participantes,  são de Curitiba e região, ou seja, velhos conhecidos do público frequentador da Wiki. Nada contra os nossos cervejeiros, reconhecidos por todo o Brasil. A questão é que festivais são legais para termos acesso a coisas de outras partes do Brasil ou mesmo de fora. O intercâmbio na área é muito valioso.

Algumas cervejas foram lançadas no festival, pouquíssimas é verdade.

A estrutura, estava totalmente adequada (mas pelo preço da entrada, era o mínimo)

A cerveja estava boa e deixava feliz.

Esse sempre foi um festival que resisti em prestigiar, pois nunca me pareceu atrativo. Esse ano fui pois não tive que pagar a entrada. Dentro desse contexto e, repita-se sem ter pago a entrada, o festival foi bom porque pude tomar boas cervejas a preços razoáveis. A meu ver, o valor dos ingressos inviabilizam esse festival, se a proposta não se alterar, temo que não veremos muitos outros Wikibiers nos anos vindouros.



quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Loucos por Ales pelo Mundo - 5 cervejas que você ainda não conhece, mas deveria.

Como já diziam outros guias de viagem: "Nós vamos antes para você ir melhor". Nós bebemos antes para você já saber o que escolher quando estiver diante de cervejas novas, que não são comuns no Brasil.



 Nesta pequena turnê européia, foram 39 rótulos diferentes, dentre os quais destacamos 05 que recomendamos e descrevemos abaixo:


1 - The Original HY Super Beer Cuvée (HΨ)
Imagem: Rate Beer

Belgian Strong Ale de coloração acobreada, 11% ABV, refermentada na garrafa, seguindo o método Champenoise. Cerveja belga impecável, com muito corpo, notas doces e lúpulo sutilmente inserido. Presença de sabores que remetem a frutas secas e caramelo, sem comprometer o equilíbrio. Como outras cervejas do estilo, não possui grande drinkability mas merece ser degustada com a devida atenção.




2 - Brasserie du Mont Salève - Blonde
Imagem: yapasquelakro.fr

Aqui está um exemplar que merece atenção. Cerveja orgânica francesa, Blond Ale que não passa despercebida. Com presença marcante de aromas florais, corpo moderado e amargor também bastante presente. Este rótulo foi uma grata surpresa.



3 - Target 2000 - Italian Amber Ale

Imagem: Una Birra al Giorno
 
Amber Ale surpreendente e refrescante, leva dois tipos de lúpulos na fervura e mais dois tipos de lúpulo no processo de Dry Hopping. Uma cerveja com baixo corpo, amargor moderado e aromas frescos de lúpulos florais. 





Imagem: Birra Baladin


4 -Birra Baladin - Open Rolling Stone
A versão roqueira da mítica Birra Baladin para uma American Pale Ale não decepciona, mas também não empolga. Com 7.5% ABV, a birra tem equilíbrio, bom corpo e creme consistente, mas não gritam lúpulos, seja no aroma ou paladar.










5 - Leffe - Rituel 9º
Imagem: saveur-biere.com

Este rótulo da Leffe ainda não é muito comum no Brasil, mas deveria ser! Mais uma dentre as já consagradas cervejas de abadia da Leffe; uma Belgian Strong Golden Ale de 9% ABV, muito equilibrados. O álcool não se sobressai e, como já é esperado, sabores adocicados fazem parte desta cerveja em que todos os ingredientes figuram em perfeita harmonia.

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Brewce, o Toy Art para os beer geeks

E os criadores do Beertone atacam novamente, mas dessa vez precisam da sua ajuda para poderem concretizar o projeto.

O Brewce, como foi carinhosamente chamado o pequeno bonequinho com cabeça de lúpulo, é o resultado de uma parceria entre o estúdio Mad Gulliver, o ilustrador Sergio Neri e outros profissionais da área de games e miniaturas. O fruto dessa união foi o simpático Toy Art e parceiro para suas próximas aventuras cervejeiras e que vai dar um charme nas suas próximas fotos.



Seguindo o conceito de Toy Art o bonequinho é pesonalizavel, fazendo com que se torne único para cada pessoa, e possui um espaço na barriga para colocar a tampinha da cerveja que você acabou de tomar ou da sua cerveja preferida. O projeto teve seu início em Setembro, com o desenvolvimento de conceitos e alternativas, e veio para inovar e trazer um diferencial no cenário cervejeiro atual. 

Brewce é feito de PVC, possuindo uma preocupação com o meio ambiente, e durante a campanha terá a opção de vir com o "cabelo" em outras cores. 




O projeto ainda está em processo de viabilização e se você quiser ajudar e já de cara obter em primeira mão o seu Toy, poderá ajudar na campanha através da plataforma de crowdfunding IndieGogo.

Como bons apaixonados por cerveja e Design nós não vamos ficar fora dessa, e vocês?

Para mais informações ou dúvidas sobre o Brewce:
www.madgulliver.com/brewce
brewce@madgulliver.com




segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Beer Mob Brasil

Você já ouviu falar de Beer Mob? Não, não confunda com flash mob!



E de Restaurant Week, esse com certeza sim!

A ideia é parecida, mas envolve mais do que descontos em restaurantes. O objetivo do Beer Mob é democratizar o acesso às cervejas especiais envolvendo parcerias com diversos estabelecimentos do ramo, como restaurantes, bares, lojas de bebidas, oferecendo promoções, degustações, harmonizações e o que mais a criatividade dos envolvidos permitir.

O Beer Mob chega ao Brasil com estreia marcada para março de 2015 na cidade de São Paulo. Após, a ideia é levar o projeto para as demais capitais.

Saiba mais no site Beer Mob Brasil e, em breve, o Loucos por Ales volta com mais novidades.

Leia a proposta do projeto e entenda o nome:
"Você já conhece nossa logo mas, se parar e olhar melhor, vai notar que algo mudou. Na idealização do evento, percebemos que as "Weeks", que todos estamos acostumados, não representam o verdadeiro espírito do que queremos oferecer. O Beer Mob, muito prazer, não é apenas uma semana. É uma celebração, uma cultura, nos arriscamos até em dizer que uma filosofia de vida. Nós queremos acompanhar os amantes da cerveja e cervejarias ao longo dos próximos anos. Uma semana é muito pouco pra dar significado à verdadeira mobilização que estamos construindo e, com a participação de todos, vamos realizar. Aguardem que as novidades vão começar a chegar. Estamos apenas começando. Junte-se ao movimento. Saúde a você e ao Beer Mob!"

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Estaríamos nos tornando beer snobs?

No início da semana vimos uma pequena movimentação e inquietação dentro do universo cervejeiro, isso por conta da capa da edição de novembro da revista Americana " The New Yorker". Por mais que o assunto abordado pela revista esteja sendo colocado como o novo cenário cervejeiro Norte Americano, nós aqui do país mais ao sul também estamos passando por essa realidade, mas qual seria ela?

"Hip Hops", ilustração do artista Peter Sève para a revista The New Yorker.

A revista coloca que a ilustração captura a seriedade com que cada cerveja é tratada nos dias de hoje em diversos restaurantes do Brooklyn e pelas pessoas que os frequentam. Devemos concordar que atualmente o cenário das cervejas mudou bastante, elas vem ganhando cada vez mais espaço e valor dentro dos bares, restaurantes e até mesmo dentro da "cabeça" do consumidor. Mas até em que ponto realmente esse "valor" está sendo bem absorvido pelos entusiastas?

Os cuidados atualmente utilizados na produção, escolha, e serviço das cervejas era antes dispensado somente a bebidas como vinhos (bons vinhos). Mas o universo cervejeiro, na sua origem e revolução, sempre foi marcadamente democrático e cosmopolita, reunindo diversas "tribos", desde de punks e roqueiros tatuados, até verdadeiros geeks das cervejas ou mesmo aqueles que não se enquadram em nenhum dos tradicionais rótulos sociológicos conhecidos.

Com o aumento desse preciosismo em torno da cerveja, a dúvida é até quando o universo cervejeiro continuará sendo tão democrático, acessível a todos os gostos?

Estaríamos mesmo nos tornando beer snobs, nos encaminhando a uma polarização dos consumidores, divididos entre conhecedores e leigos? Vamos nos fechar em pequenos grupos ou confrarias em que só se admitem aqueles com um mínimo de conhecimento colocado à prova?

Reconhecemos que o aumento da especialização e do refinamento das cervejas é um caminho natural e que valoriza o produto no mercado, como um todo. Todavia, até que ponto isso intimida novos bebedores e curiosos? Qual o ponto de equilíbrio?

As dúvidas são muitas, as perguntas estão na mesa. E agora, quem poderá nos salvar?

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