quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Um mistério chamado Tupiniquim

A Tupiniquim certamente é uma das cervejarias que mais se destacou no ano de 2014, ganhando, inclusive, o prêmio de melhor cervejaria no South Beer Cup 2014 realizado em maio.

O grande mérito é que a marca surgiu no segundo semestre de 2013, fruto da parceria dos amigos Christian Bonotto, André Bettiol, Fernando Jaeger, Alex Ribeiro e Márcio Santos que começaram a produzir os primeiros rótulos na fábrica da Saint Beer em Santa Catarina. Apenas em fevereiro de 2014 abriram sede própria em Porto Alegre.

Foto: Loucos por Ales
Se o fato de ganhar um festival de prestígio com menos de um ano de existência (menos de 6 meses se considerarmos a fábrica própria) já é bastante incomum, o que mais nos impressiona é a qualidade de todos os rótulos dessa cervejaria, pelo menos de todos que experimentamos (sobre a Lost in Translation). Todas cervejas muito bem enquadradas em seu estilos, extremamente equilibradas e o mais importante, realmente gostosas.

Comparativamente, em nossa opinião, tal regularidade na qualidade de todos os rótulos só é comparável a cervejarias como Wals, Colorado e Bodebrown, as quais já têm bastante tempo de "maturação" no mercado.

Nesse contexto, a Tupiniquim pode ser considerada um prodígio, na linha daqueles chinesinhos que são verdadeiros virtuosi no violino ou no piano, ou aquelas crianças que viram doutores em matemática aos 12 anos.


Foto: Loucos por Ales

E não para por aí, outro motivo de espanto é como uma cervejaria até então desconhecida inundou as lojas brasileiras com rótulos frutos de parcerias em que figuram cervejarias de renome internacional como Eviltwin Brewing, Omnipollo, Stillwater Artisanale e muitas outras prometidas.

Além disso, pesquisas no Google e no Facebook sobre cervejaria não dão muitas pistas, como se a intenção fosse mesmo de aumentar o mistério em torno da marca. O próprio site, é digno de pena no que se refere às informações sobre a Tupiniquim. Lá, você não vai encontrar um breve histórico da marca, fotos, propostas ou projetos futuros da empresa, nem mesmo as cervejas lá estão. Há tão somente uma arara azul cujo clique encaminha para o email de contato. Pois é... mistééério.

 

O que nos resta é esperar, até quando essa arara vai alçar voo e se mostrar em toda sua plenitude.

P.S. - Os gringos enxergaram enormes oportunidades no atual crescimento do mercado cervejeiro no Brasil e, a meu ver, encontraram na jovem Tupiniquim uma ponte interessantíssima para adentrar em terras tupiniqunins, se me permite o trocadilho. Maior prova disso são as cervejas produzidas pela Eviltwin "totalmente" nacionais, tal como a Brazilian Wax, digo, Metro Man.

Fonte: www.cervejatupiniquim.com.br
E vocês caros cervejeiros e cervejeiras, o que pensam do assunto?

Abraços das terras de cá, das quintas dos infernos!


Um comentário:

  1. Eu gosto de todas as cervejas da Tupiniquim, realmente uma cervejaria admirável.

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