sexta-feira, 8 de março de 2013

Dia da Mulher


Hoje é um dia especial, dia em que homenageamos esse ser tão belo e complexamente complicado. Ah, a mulher!

Como não poderia ser diferente, nossa homenagem deve abordar a nossa também querida cerveja.

Acredita-se que um dos primeiros lugares em que a cerveja tenha aparecido foi na Mesopotâmia, pelo menos foi aonde se encontraram as provas arqueológicas mais antigas.
Lembrando-se das aulas de Geografia, a antiga Mesopotâmia situava-se entre os rios Tigres e Eufrates, sendo um terreno fértil à cultura de cereais.

Pois bem, enquanto os homens, como regra, se dedicavam a atividades como da caça, às mulheres incumbiam-se os trabalhos caseiros, além da colheita dos cereais e sua utilização na feitura de alimentos.

Defende-se que em um belo dia uma mulher, distraída com seus diversos afazeres, teria esquecido uma cesta de cereais no tempo. Assim, a Lei de Murphy que já vigia naquela época, fez chover na tal cesta de cereais, fazendo-os em pouco tempo germinar.
Deparando-se com aquela “catástrofe” a mulher resolveu remediar a situação aquecendo os grãos. Deixando descansar aquela papa de cereais, logo, as leveduras selvagens começara a atuar... Bingo! A mulher inventava a cerveja primitiva!

A participação delas não acaba por aí.

Por muito tempo as mulheres foram as responsáveis pela produção das cervejas, do antigo Egito até meados do século XVIII elas dominavam a arte de se fazer cerveja.

Na idade média, por exemplo, a mulher era reconhecida pelos seus dotes cervejeiros. Inclusive o rei Alreck de Hordoland escolheu Geirheld para ser rainha por conta das suas notórias habilidades nessa arte.

O lúpulo, responsável pelo amargor e aromas, além do seu poder conservante conferido à cerveja, também foi introduzido na produção da cerveja por uma mulher. Santa Hildegarda!
Hildegarda Von Bingen (1098-1179), mestra do mosteiro alemão de Bingen am Rhein, era conhecida em sua época por sua grande inteligência e erudição.

Fonte: kirstenvoss.my-kaliviani.com


Ela era uma verdadeira mulher “moderna”, teóloga, naturalista, médica, poetisa e dramaturca, por meio de seus livros, difundiu o conhecimento sobre as propriedades conservantes do lúpulo e de sua utilização na cerveja.

Depois de um tempo negro em que a cerveja era considerada bebida exclusiva dos machos, atualmente vemos, para o bem de todos, o reaparecimento da influência das mulheres no mundo da cerveja, desde produtos voltados ao paladar feminino, como o aumento de diversas profissionais da área, desde sommelier à mestras cervejeiras.

É claro que esse pequeno texto relata uma ínfima parcela da importância histórica das mulheres no desenvolvimento humano, mas é nossa forma singela de homenageá-las e trazer um bocadinho de fatos sobre o tema desse blog.

As mulheres são criaturas belas (e não é porque abusamos das cervejas) e de natureza delicada e merecem nosso respeito e cuidado hoje e todos os dias do ano.

Então, um brinde às mulheres! Essa é a homenagem do Loucos por Ales a vocês!

REFERÊNCIAS:

MORADO, Ronaldo. Larousse da cerveja. São Paulo: Larousse do Brasil, 2009.
BELTRAMELLI, Maurcio. Cervejas, brejas e birras:um guia completo para desmistificar a bebida mais popular do mundo. São Paulo: Leya, 2012.

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