quarta-feira, 16 de julho de 2014

Cerveja cara, um desperdício de dinheiro?



A prática de testes cegos revolucionou o mundo dos vinhos, pois desbancou muitos mitos sobre países fabricantes, tipos de uvas e, principalmente, preço dos vinhos.
Existem muitas histórias curiosas sobre o assunto, separamos duas para contextualizar nosso post; elas estão disponíveis no Business Insider e no blog do enófilo Carlos Cabral. Em suma, quando colocados à prova, os vinhos sempre guardam surpresas na relação custo x benefício. 


Partindo deste ponto, iniciamos a seguinte reflexão: Será que estamos desperdiçando dinheiro com cervejas mais caras? A partir deste questionamento, realizamos nossos próprios testes cegos e também nos embasamos em testes de colegas para afirmar: "Não, as cervejas não são todas iguais."



A cerveja, como fruto de, pelo menos, quatro ingredientes, possui variações que não são possíveis no mundo dos vinhos. O resultado disso é uma infinidade de sabores e aromas que muito diferem estilos e rótulos entre si. Apesar das diferenças, assim como no universo do vinho, existem boas cervejas a bons preços, o que quer dizer que você pode conhecer muitos estilos sem quebrar seu orçamento.

Por que uma cerveja custa mais caro?

Cervejas que custam acima de setenta reais, geralmente passam por um processo mais delicado, trabalhoso ou demorado de fabricação ou utilizam ingredientes mais caros e mais raros. Como exemplo podemos citar a cerveja DeuS, que é fabricada na Bélgica e passa por um processo de refermentação na garrafa, na França, para então ser novamente engarrafada e ir às prateleiras. Também podemos citar cervejas envelhecidas em barris de Whiskey, como tem feito a cervejaria curitibana Bodebrown. A escocesa Brewdog é campeã na esquisitisse dos métodos de fabricação ao fabricar cervejas que são congeladas para extrair a água e amplificar o sabor e a carga alcoólica; exemplos desta técnica são a Brewdog Tactical Nuclear Penguin e a Sink the Bismarck.

Imagem: Brewdog Tactial Nuclear Penguin


E o resultado?

Podemos afirmar, sem medo de errar, que ao comprar uma cerveja como as citadas acima, você certamente está pagando pela experiência de provar uma cerveja peculiar, resultado de um processo mais cuidadoso ou de ingredientes mais selecionados ou incomuns. Assim como quando se compra o vinho raro, envelhecido ou de casta nobre oriunda de safra reconhecida, o importante é ter a experiência de provar algo incomum ou único, diferente daquilo que estamos acostumados; além de saber da origem e imaginar que aqueles grãos ou aquelas uvas tiveram uma história ou fizeram longas viagens antes de chegar até você.

Isso quer dizer que, indiscutivelmente, melhores ingredientes e mais cuidado no preparo terão resultado no produto final e que o preço tem relação com a qualidade e com a sua satisfação.

Então, quanto mais caro melhor?

Não necessariamente. Quando falamos de cervejas entre 10 e 35 reais, existe um universo de sabores disponíveis, e é muito fácil encontrar cervejas por cerca de dez reais que são muito melhores ou mais agradáveis que cervejas de R$20 ou R$30. Portanto, vale a pena provar tudo o que estiver ao seu alcance para tentar encontrar estas pérolas, que assim como vinhos, podem ser mais acessíveis do que se imagina. Se você quiser algumas dicas, confira nossas 11 cervejas para tomar com até 11 Reais.

Portanto, em resumo, cervejas que custam até R$40 normalmente não terão características de cervejas únicas, que custam mais de R$70 ou R$100, mas você poderá encontrar algo que te agrade sem desagradar o seu bolso. E quando sobrar uma graninha, invista em algo diferente e desfrute de uma experiência única.

Imagem: Hominilupulo


Ficou curioso? Veja um teste cego realizado pelo site Brejas clicando aqui.



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